13 de novembro de 2011


Eu gostaria de pedir perdão, por que se há uma coisa que anda faltando na minha vida é zerar as mágoas, esquecer o que passou e tocar a vida pra frente. Em primeiro lugar, gostaria de pedir perdão a Deus, por que muitas vezes duvidei de seu poder quando Ele era quem mais torcia por mim, e sempre vai torcer. Perdão também por quase nunca acreditar que Ele tem um plano para mim, por muitas vezes traçar meus planos sem nem ao menos reservar um tempo para conversar com meu melhor amigo. Me desculpe pelas minhas faltas. O Senhor sabe melhor do que ninguém que essa é uma das coisas em que eu quero me empenhar para mudar. Obrigada, também, por sempre me perdoar, não importando o quão grave a falta foi. Obrigada por estar sempre comigo. Logo depois vem uma pessoa com quem eu tenho brigas diárias sobre seus erros e frustrações: eu mesma. Eu preciso perdoar a mim mesma, não só por todas as minhas imperfeições mas também por tudo que aconteceu. Foi um ano cansativo. Foi um aprendizado maluco. Pena que em nenhum momento eu olhei para mim mesma e vi a minha humanidade. A fraqueza, a tristeza, a forma como tudo acontecia de maneira rápida. Como eu nem mesmo podia respirar aliviada por um segundo. Me desculpe por ser tão exigente, por sempre colocar ainda mais pra baixo ao invés de erguer a cabeça e reerguer. Ao mesmo tempo que, sim, eu te perdôo. Sim, eu reconheço a sua fraqueza, a sua humanidade, a sua aversão a mudanças. Eu reconheço os seus defeitos, as suas faltas, as suas lágrimas, a sua tristeza. Eu te perdôo. Eu me perdôo. Aqui entra a parte dos demais. Eu tenho que pedir perdão por tantas coisas, para tantas pessoas diferentes…vamos lá: me perdoem por ser muito negligente. Me perdoem por não respeitar seus erros. Me perdoem por sentir ódio em carne viva. Me perdoem por machucar vocês com a minha loucura interna. Me perdoem por viver em função de lágrimas. Me perdoem por deixar de ser a base de vocês. Me perdoem por me deixar rachar assim tão facilmente. Me perdoem por viver em razão da empatia. Me perdoem por me colocar pra baixo por qualquer detalhe mínimo. Me perdoem por bater no fundo do poço e continuar a cavar. Me perdoem por não construir minha casa sobre uma rocha. Me perdoem por deixar meu coração se abalar com pouco. Me perdoe pela minha infidelidade pessoal. Me perdoem por nunca parar e apreciar as coisas pequenas e belas que estão lá fora. Me perdoem. Na verdade, o meu maior erro foi me deixar abalar, por deixar toda a tristeza se acumular, por perder a coragem de me reerguer e voltar ao caminho. Me perdoem por temer o que a vida tem; logo eu! Mas eu aprendi a minha lição e sei que foram apenas lições. Duras lições. Eu sobrevivi, eu vou sobreviver, eu vou viver. E vou ser uma pessoa melhor também. Mas, para isso, eu preciso contar com um pedido: me perdoa pela minha humanidade?



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